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Inadimplência das empresas brasileiras sobe 8,5% em julho
Dado é comparativo ao mesmo período do ano anterior; frente ao mês de junho deste ano, alta foi de 1,8%
A inadimplência das empresas brasileiras subiu 8,5% em julho deste ano, na comparação o mesmo período do ano passado - alta é a menor variação anual em 18 meses.
Segundo o Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas, divulgado nesta quarta-feira (22), a variação positiva se manteve ainda entre junho e julho deste ano. Na comparação, uma alta de 1,8% foi registrada. Já na avaliação acumulada do ano, a inadimplência das empresas avançou 15,2%, em relação ao ano anterior.
Para os economistas da instituição, apesar da alta é possível observar uma perda de fôlego da inadimplência, caracterizada pela sequência de variações anuais cada vez menores, incluindo julho. "A desaceleração no ritmo de crescimento da inadimplência das empresas é reflexo das sucessivas reduções das taxas de juros, aliviando o custo financeiro das empresas, bem como do início do processo de normalização da inadimplência dos consumidores, tendências que deverão ser mantidas ao longo dos próximos meses", afirmam.
Valor médio das dívidas
Decompondo o indicador, no acumulado do ano, se comparado ao mesmo período de 2011, a inadimplência com dívidas não bancárias, como cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços de telefonia, energia e água, cresceu 5,4%. Já a inadimplência com dívidas bancárias cresceu 4,4%, enquanto dos cheques sem fundos e protestos cresceram 6,3% e 10,7%, respectivamente.
Nos primeiros sete meses de 2012, o valor médio das dívidas não bancárias, foi de R$ 775,69, enquanto nas dívidas com bancos, o valor médio verificado no período foi de R$ 5.284,27.
Já os títulos protestados registraram, no período, um valor médio de R$ 1.940,35. Por fim, os cheques sem fundos tiveram um valor médio de R$ 2.200,81.
Metodologia
O Indicador Serasa de Inadimplência de Pessoa Jurídica, por analisar eventos ocorridos em todo o Brasil, reflete o comportamento da inadimplência em âmbito nacional. O modelo estatístico de múltiplas variáveis considera as variações registradas no número de cheques sem fundos, títulos protestados e dívidas vencidas com as instituições financeiras.